Rss

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Rebelde vs Ridículo - Crianças que brotam do chão, cadê os pais?

Todo mundo já passou ou vai passar pela fase da vida em que acha que as coisas não estão do jeito que deveriam estar. É a mãe que fica enchendo o saco para arrumarmos o quarto, o pai que quer porque quer que a gente perca tempo só estudando. Como se a vida fosse muito longa para podermos nos dar ao luxo de perder tempo para arrumar um quarto que vamos desarrumar depois ou passarmos o dia todo estudando sendo que podemos estar fazendo algo que realmente gostamos. Pffff, que idiotice.
É, tudo isso é idiotice quando é o pai e a mãe (no caso de alguns; tios, avós, primos, irmãos... etc) que dão o couro trabalhando duro para nos sustentar. Para quê estudar? Para quê se importar com o futuro se a vida é agora, né? Para quê se importar como vamos ajudar os pais na velhice quando só se tem olhos até ao próprio umbigo. "Mas que saco, ficam só mandando em mim, exigindo, exigindo!" 
Olhem aqui uma verdade crianças; quando os pais mandam estudar, não é porque isso vai trazer algum beneficio para eles, é para vocês mesmo, quando eles não puderem mais aparar as vossas quedas, vocês terem para onde se virar. Quando a mãe manda arrumar o quarto, não é por ela também, é para vocês não se afogarem na própria porcaria e pegarem alguns hábitos decentes. É claro que não arrumar o quarto é o menor dos problemas hoje em dia, no que diz respeito à fase "revolts".
Às vezes eu acho que as crianças de hoje têm algum tipo de transtorno de déficit de atenção, porque não basta mais bater o pé na hora de exigir um sorvete que a mãe não quer dar ou falar um monte de palavras chulas, agora eles têm de chamar a atenção de TODO MUNDO para eles. Eles têm de ficar perto da escola fumando, respondendo, ameaçando e agredindo professores, colegas e pais, têm de pegar meninas, meninos e algum tipo de Dst, quanto mais, melhor. Mas é aí que tem uma linha quase imperceptível, que separa Rebeldia do Ridículo
Eu tenho uma irmã menor, ela tem de momento 12 anos e até onde eu vejo, não dá muito problema além da idiotice comum atribuída a essa idade. No entanto, ela tem  uma amiga que perdeu a mãe tem pouco tempo, vitima de um câncer no colo do útero, sofreu horrores e ela assistiu ao sofrimento todo da mãe. Ela tem 3 amiguinhas que têm a mania que são muito rebeldes, as boazudas da rotunda, e que têm também o péssimo hábito de ficar procurando meninos mais velhos para transar, se drogar, fumar, etc. A mais nova tem 13 anos e a mais velha, irmã da novinha, tem 15. Os pais? Ignoram totalmente a situação. A menina que perdeu a mãe, de vez em quando entra na onda do ridículo e vai com essas 3 meninas e não adianta ninguém falar nada, porque nem a mãe, antes de morrer, conseguiu convencê-la a largar essas amigas. 
Onde eu quero chegar é, deu para conseguir ver o ridículo da situação? As crianças ignoram totalmente o que é ser rebelde e caem no ridículo porque os ridículos dos pais não querem nem saber do que se passa no mundo dos filhos.
Para tudo gente, oh, senta com seu filho pelo menos uma vez por semana e conversa sobre as coisas que estão acontecendo. O trabalho, balada, namorado/a de vocês pode esperar. Primeiro eduquem quem colocaram no mundo, porque eles não pediram para nascer e o mundo lá fora não vai ser mole com eles não. "Para que serve a escola então?" Para ensinar história e Português, porque educação tem de vir de casa e foda-se se vocês pais têm coisas mais interessantes para fazer do que sei lá, CRIAR OS PRÓPRIOS FILHOS. Cocktail de vergonha na cara cairia muito bem em alguns pais. 
Eu tenho para mim que essas crianças que acham que o mundo deve cair de quatro aos seus pés, são crianças que não têm grandes intimidades com os pais, não conversam muito com os pais sobre as coisas. "Ah mas eu dou tudo que meu filho quer!" Então novidade para você super pai/mãe, você tá monstruosamente errado em fazer isso. Não é comprando o filho que ele vai entender o certo. Há que saber falar não e é precisamente para isso que servem as conversas entre pais e filhos, não é futebol, gostosas, maquiagem e roupas, é para saber distinguir o certo do errado. Erros não são sempre ruins, porque às vezes até ensinam algo, mas sempre convém serem erros criativos e que não prejudiquem seriamente ninguém, nem mesmo a pessoa que comete o erro. 

Obs. Tem outras coisas ainda sobre esse assunto para abordar, mas talvez aborde em outros posts. 


Rute.




0 comentários:

Postar um comentário