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sexta-feira, 7 de março de 2014

A preguiça e o relógio-biológico - A ciência salva - I


Relógio-Biológico:
Vamos às explicações.
Nem tudo o que reluz é ouro, portanto nem todos que molengam são preguiçosos (às vezes...) :
O funcionamento do organismo se baseia nos estímulos externos que recebemos das diversas condições do ambiente em que vivemos, sendo a luz solar o príncipal deles.
O ser humano, como ser adaptável que é, detém osciladores internos que favorecem a adaptação ao meio em que se encontra e esses amiguinhos são conhecidos como relógios biológicos (Cronobiologia).
O ritmo biológico, ou circadiano, é gerenciado pelo hipotálamo, uma àrea localizada no cérebro que controla o sono e a vigília, a temperatura corporal, etc. Segundo uma perquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, EUA, o ritmo biológico, que se inicia quando acordamos e termina quando dormimos, tem um período de 24h e 18 minutos, independentemente da idade do individuo. O que quer dizer que a duração do ciclo permanece a mesma ao longo da vida.
Quem não gosta de dormir um pouquinho mais, né? A resposta é que nem todo o mundo tem essa necessidade e a explicação se encontra na genética.
As pessoas têm cronotipos diferentes logo são separadas em "caixas" diferentes.
Existem os matutinos, que têm uma maior predisposição genética para realizar tarefas pela manhã, e os vespertinos, os "preguiçosos". Além disso, segundo os pesquisadores da USP, a tendência matutina ou vespertina pode estar associada ao ciclo de temperatura corporal da pessoa, sendo que matutinos, por exemplo, atingem o pico alto de temperatura do corpo mais cedo do que os vespertinos.
Para além dos matutinos típicos e dos vespertinos típicos, cerca de 80% da população é considerada intermediária, o que significa que apresentam um bom desempenho em suas atividades em qualquer período do dia.
Quando bebês, as pessoas costumam dormir até 16 horas por dia, no entanto é um sono polifásico sendo que o sono é repartido ao longo do dia. Com o tempo, as horas de sono começam a ser consecutivas e passam de 16 horas para 8 horas.
Na adolescência há um "atraso de fase", o que leva muitos pais a acharem que os filhos dormem muito porque costumam se levantar tarde. O que acontece é que nesse período, os adolescentes preferem ir para a cama mais tarde e como tal, acordam mais tarde, o que não significa que durmam mais.
Algumas pesquisas foram feitas em relação ao rendimento de alguns alunos e depois de uma alteração no horário das aulas, verificou-se que durante a tarde, os alunos apresentavam um maior rendimento escolar do que quando estudavam de manhã.
 Na idade adulta, as pessoas voltam a ter um sono mais regular e na terceira idade há um retorno ao sono polifásico, acordando várias vezes durante a noite, o que faz com que o idoso cochile várias vezes durante o dia para compensar o sono fragmentado.

Aqui está, salvos pela ciência, podemos tirar toda a culpa atribuída à nossa amiga preguiça.



Rute.


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